Prólogo: Há alguns meses a população brasileira se mobilizava para ajudar as vítimas das enchentes causadas pelas fortes chuvas no Rio De Janeiro. Agora, a tragédia ocorre em Pernambuco e Alagoas, e mais uma vez a população é mobilizada através dos mais diversos meios de comunicação a ajudar as vítimas das enchentes.
A revista britânica
Economist fez a conta, e afirmou que o gasto anual do governo brasileiro em ajuda humanitária e desenvolvimento no exterior é em torno de 4 bilhões de dólares por ano. Nesse cálculo encontra-se os gastos como os de ajuda direta a países da África e América Latina (nesta conta não consta a “ajuda” de 286 milhões de dólares enviados para a Grécia pelo governo brasileiro), projetos de cooperação técnica, ajuda humanitária a faixa de Gaza e ao Haiti, recursos destinados a ONU, financiamentos do BNDS em países emergentes, etc. A revista assegura que o Brasil "está se tornando rapidamente um dos maiores doadores mundiais de ajuda aos países pobres".
Para se ter uma idéia do quão dispendioso é este montante (US$ 4 bilhões) de doações, façamos algumas singelas comparações. A verba do ministério da cultura não chega a 2 bilhões de reais (não de dólares). E para combate ao trabalho infantil e violência contra a criança o governos gasta apenas 139,4 milhões de reais. A estimativa do gasto em obras referente às perdas ocasionadas pela tragédia das chuvas em Pernambuco e Alagoas é de apenas a 51 milhões de reais.
Não há como não questionar esta atitude do governo. Enviar de forma tão generoso ajuda ao exterior, enquanto o Brasil ainda sucumbe diante da pobreza, do trabalho infantil, da violência, da ausência de cultura e das tragédias naturais que se tornaram frequentes. Problemas como a atual tragédia das chuvas em Pernambuco e Alagoas poderia ser facilmente resolvidos pelo governo, 51 milhões de reais, uma quantia insignificante em face dos 4 bilhões de dólares doados pelo Brasil, o governo por si só seria suficiente para solucionar a situação calamitosa em que se encontram esses estados da federação.
Mesmo possuindo total capacidade para resolver o problema, o governo da às costas a população desses estados. Por conseguinte, a população do país, de forma desastrosa (talvez burra), toma para si a obrigação, e faz uma mobilização nacional em busca de ajuda para a população acometida pela tragédia. Enquanto o governo assiste (às gargalhada) a população fazer seu trabalho, prossegue despachando nosso dinheiro para o exterior, a fim de conseguir prestígio internacional, e tentar assumir de qualquer forma uma posição importante no cenário internacional.
Por fim, os primeiros resultados dessa busca do governo brasileiro por prestígio internacional já chegaram. O governo dos Estados Unidos vai destinar US$ 50 mil (não equivale nem a 100 mil reais) de ajuda Emergencial para Pernambuco e Alagoas. Estou atônito com tamanha estratégia e assombrado pelos resultados. Trocamos US$ 4 bilhões, por menos de 200 mil reais, e continuamos com aquele prestígio de sempre. Para quem duvida acesse o link: http://migre.me/XFJ3 ou pesquise no google.
Epílogo: fica aos comentários.
18 comentários:
E são esses mesmos miseráveis que vão votar em Lula mais uma vez (e também as outras opções são farinha, da mais vagabunda e cheia de pedras, do mesmo saco). Conforme eu tinha lhe dito, até para a Grécia o Brasil mandou dinheiro, como você pôde constatar. Quanto à educação, temos os livros e revistas mais caros do mundo. Enquanto na Argentina a mesma revista é três vezes mais barata que a equivalente brasileira, além de terem livrarias em todo canto, aqui penamos com um governo tão imoral que tem coragem de "sobretaxar" livros e revistas. Pior ainda quando examinamos os preços imorais dos livros didáticos, que mereciam subsídios e não impostos. As escolas hoje viraram resumões (e caros) para vestibular, enquanto em outros países ensinam adequadamente línguas estrangeiras (sem os famigerados cursinhos extracurriculares, mania de brasileiro), música e filosofia. Aqui uma pessoa tem nível superior sem nunca ter ouvido uma sinfonia COMPLETA de um compositor erudito. Tem nível superior sem nem saber o que foi a Revolução Russa, sem saber nada de física e sem saber definir ética e estética. Talvez os ignorantes do governo, que são assim por preguiça, e não por deficiências de um passado remoto, como querem fazer crer, chamando os outros de preconceituosos, tenham prazer em transformar seus eleitores em massa de manobra burra e beócia.
Olá estou aqui como sempre para prestigiar esse blog que tanto me ensina e contribui com algo de qualidade.
Gostei muito do texto,mas infelizmente não me sinto preparado ainda para discuti-lo, pois preciso estudar um pouco mais esse cenário para falar com propriedade.
De qualquer forma gostei do texto e espero que continue assim os seus posts.
Abraços
Não vejo isso de maneira tão revoltosa...
Você tem razão num ponto pelo menos, nada disso é caridade, é sim um jogo de interesses!
Mas infelizmente isso é Politica Econômica, e o retorno deste investimento não tem nada haver com os US$ 50 mil doados pelos EUA ( acredite! também é interesse), o retorno é a longo prazo e depende muito dos proximos governantes do país ou tudo pode ir por águá abaixo.
Talvez não consiga explicar a importancia desse tipo de politica num comentário como este, mas posso citar a importancia de uma vaga no G20, ou de bons relacionamentos com paises para aumento na exportação.
Com relação aos nossos compatriotas necessitados de ajuda, se não podemos contar com o governo, segue as contas onde vc pode doar:
Alagoas
Agência: 3557-2
Conta corrente: 5.241-8
Favorecido: C B M AL Defesa Civil
Pernambuco
Agência: 1836-8
Conta corrente: 100.000-4
Favorecido: CCFBB - Comitê Cidadania Funcionários BB
(FONTE: site do banco do brasil)
PS: a parte das doações foi pra implicar mesmo!
rsrsr
NIKA, realmente o retorno não tem nada haver com os 50 mil, pois sequer podemos considerar isso como retorno. E como você mesmo disse, o retorno poderá vir a longo prazo, mas depende da perpetuação dessa política. Ou seja, as doações de hoje podem ser dinheiro jogado fora, se amanhã o Brasil fizer uma "bobagem" em sua política internacional. A exemplo, apoiar países que são considerados do "eixo do mal" (isso já ocorre?). Mesmo tal prática sendo um investimento estratégico, seus frutos são incertos e possivelmente mínimos. Eu nunca vi noticiarem ganho nenhum para qualquer país que faça grandes doações. Mas se você acha que isso pode ocorrer... O que não se pode negar, o que é fato, é a necessidade da população, e o descaso do poder público. As prioridades devem ser revistas, Pernambuco e Alagoas deveriam ser prioridades. Acercado do G-20, não é nada demais fazer parte desse grupo. É apenas o grupo dos 20 países emergentes. Ou Seja, os menos piores dos piores. Foi formado em 2003 (apenas 1 ano do governo atual, quando ainda não haviam doações internacionais). Em relação as exportações, o impacto também é mínimo. Nossas fronteiras para exportação já são amplas, nossos produtos cobiçados, etc. Não precisamos enviar milhões para a Grécia para que posteriormente eles venham a nos da prioridade em relação as exportações. Ainda tenho outras coisas a falar sobre seu comentário, mas guardarei caso você insista (kkkkkkkk) com uma tréplica. E por favor, se quiserem fazer doações, aqui dados bem melhores (os meus):
Caixa Econômica Federal
Agência 2170
Operação. 023
Conta corrente. 1776-0
Favorecido: Livigstone Hiornyson Tavares Bituraldo
1- Não é caso de política econômica, mas de relações externas e de economia internacional. Política econômica é organizar o país de forma que a nação e seus cidadãos tenham um nível de vida aceitável. Realmente, o retorno desse desinvestmento não tem nada A VER com nada, já que o Brasil é subdesenvolvido e só é emergente da lama.
2- Um fosso separa o Brasil dos EUA, que podem fazer isso. Mesmo assim, sua população não acha a mínima graça em ficar dando seu dinheiro suado para ajudar ninguém. O Brasil não tem cacife nem condições de participar de jogo nenhum de interesses, onde só quem ganham são os ricos exportadores brasileiros e só quem perde é a população. Quem deve ajudar são bancos e fundos internacionais e não países miseráveis e lotados de desnutridos, doentes e analfabetos como o Brasil.
3- A prioridade não é G20 em um país com tanta desigualdade social, violência e criminalidade. Aliás, em minha opinião, esses G5, G10 e G20 não servem para nada, já que a ONU só intermedia conflitos e situações de menor inportância. Lula e Amorim são megalomaníacos estúpidos. Esses "G" só servem para perpetuar uma situação histórica que não mais existe, dando vitrine a países que foram impostos sem mais nem menos. É mania de mandar dos EUA e da Rússia, perenes que são nesses G, quando deveria haver rodízio. Aliás, quem ganha são eles, que vão dividir o peso com nações que não tem a mínima condição. As prioridades do Brasil são desenvolver o país, reduzir os impostos medievais, dar assitência adequada de saúde e educação à população, dar emprego e reajustes de salários condizentes a todos que se esforçaram estudando (e não só o salério mínimo) e cuidar da malha rodoviária em um país que optou por esse meio de transporte.
4- Só quem trabalha e paga impostos sabe o corte na carne que recebe. Quem devia ajudar era o Eike, os grandes empresários e o Faustão. Que, aliás, teriam um gordo abatimento no IR.
"Nada haver", o correto é "Nada a ver". Infelizmente erramos. Esse erro é uma praga, mas não vamos nos crucificar por causa disso. Há uma lógica para o erro: haver está freqüentemente associado a existir. Daí, a pessoa acha que uma coisa não coexiste com a outra e manda esse "Gato com J".
1- Caro Livi, o comentário não foi para você. Preste atenção em outros comentários. Não havia necessidade dessa réplica, que nunca foi o seu estilo comigo, seu amigo. Existem erros de digitação e erros grosseiros de português. Se fossem erros de digitação, eu não ressaltaria, pois acho até ridículo alguém ficar notando isso. E repito: nem vi sequer se você tinha ou não colocado dessa forma. Não foi dirigido a você. Se você se sentiu ofendido, poderia ter entrado em contato comigo.
2- Economia externa faz parte de política econômica e envolve câmbio e balança comercial. Esses países citados em nada contribuem, nem vão contribuir, de forma significativa, para isso nem para o que você falou, em nosso caso. Quanto ao conceito, não é meu. É de qualquer livro de economia. Fato em economia externa é ajudar quem dá retorno. E não perder tempo ajudando a Grécia, por exemplo, que a Alemanha e seus sustentados admitiram na Comunidade. Pergunte se um trabalhador alemão está contente em pagar a conta da aposentadoria precoce de outros países da Comunidade. Um país paupérrimo não pode jogar dinheiro pela janela sem retorno certo.
3- Ao Brasil esse tipo de falsa importância não interessa. Interessa, sim, é ao seu presidente, que quer aparecer.
NIKA, como você disse, é sua opção não ver o Brasil como ele é, um país de miseráveis, lotado de desnutridos, doentes e analfabetos. Mas sua negativa não transforma esta triste realidade. A título de esclarecimento sobre o G8. O Brasil não faz parte do G8, e sim do "G8 + 5". As 8 maiores economias mundiais e os 5 maiores emergentes, China, México, Índia, África do Sul e Brasil. Estamos longe de ser um dos 8 países verdadeiramente grandes.
Caro Livi, sem problemas. Entendido.
Nika, concordo. A discussão já rendeu o que tinha que render. Se você vê o país assim, paciência. O PT e os estudantes de Ciências Econômicas mudaram muito desde a época em que me formei.
Sra. Nika, meus respeitos também.
A A idéia mais idiota é aceitar doações, já que o país por si só é capaz de realizar doações gigantescas para outros países.
Não acredito que o planejamento público seja precário em termos do investimento interno dispensado, acredito que ele é suficiente, até mesmo dentro das taxas, impostos, salários exorbitantes, etc. O que acontece, a meu ver, é o velho caixa dois, três, quatro... roubalheira, dinheiro desperdiçado, jogado pelo ralo, desviado, etc. Quantas vezes aqui em Sergipe um núcleo de atendimento de alta complexidade foi fechado por irregularidade e volta a abrir, onde os médicos e terapeutas recebem o investimento público (que não é pouco para a alta complexidade) e ainda cobram dos mesmos exames e atendimentos uma taxa “particular” em cima, fora os pacientes fantasmas para receber toda a verba...enquanto que a fila de atendimento em outros lugares dá voltas e voltas, as marcações via internet (que deveria facilitar) leva meses.
Não acredito que o planejamento e os investimentos estão errados, mas sim a fiscalização, o controle interno e as auditorias que só funcionam para quem trabalha corretamente.
è isso ai...a briga não estava tão feia aqui não.
Está de férias blogueiro?
Olá Livigstone ! Li esse assunto e fico P da vida, pque alem de tudo hoje por coincidência passei em frente a uma faculdade aqui em São Paulo, onde há uma placa que demonstra que o governo de São Paulo esta recuperando o prédio em benefício da sociedade e dos estudantes. Total dos gastos ?! R$ 5.200.000,00. Será que gatarão mesmo tudo isso ? Acho um absurdo ! Dá pra construir outra faculdade tranquilamente ! Assim como essa palhaçada acontece aqui, tbém acontece no nordeste pois estive 7 anos por aí e não vi nada diferente. Infelizmente esse é o país da corrupção ! Muitos vivem do lixão, não tem o que comer direito ou ao menos saneamento básico e não vejo plítico algum preocupado com isso ! È uma aberração !
São tantas as ditas estratégias que não concordo, mas enfim... Mas uma das formas que poderia minimizar ou até mesmo limitar as decisões é a participação da população na gestão do que é público. Esse dinheiro que foi enviado para o exterior é nosso então temos o direito de nos envolvermos na decisão do que fazer com o mesmo Se quisermos podemos mudar o rumo do nosso país.
Olhem um exemplo: http://www.amarribo.org.br/
Rogiene Batista
Cara Rogiene, caso ainda não tenha percebido a participação popular já existe. E o maior instrumento para exercício popular nas gestões públicas é feito através do nosso sistema eleitoral, pelo VOTO POPULAR DIRETO, UNIVERSAL, OBRIGATÓRIO e PERIÓDICO. Então se votou em LULA e em DILMA, aguente sem reclamar.
Prezado Hiornyson, em momento algum reclamei.
Mas vc tem o direito de discordar de minhas idéias assim como você tem o dever de respeitar as minhas.
Participação popular não se limita só as eleições. A população precisa de educação política para que possa exercer com eficácia seu papel quanto cidadão.
Rogiene Batista
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